A TEORIA

Nota: O conteúdo desta página é extremamente limitado e não se propõe, em absoluto, a esgotar todas as nuances e profundidades teóricas de cada conceito. Ao contrário, trata-se somente de uma introdução básica para dar ao leitor um vislumbre de possibilidades de estudo e aprofundamento sobre o assunto.

Psicologia

O termo Psicologia deriva de duas palavras gregas: “psyché”, que significa mente ou alma, e “logos”, que significa estudo. Assim, ao referir-se à Psicologia, estamos falando do estudo da mente ou da alma. A distinção entre mente e alma é tema profundo e pano para manga para diversas discussões filosóficas. Por ora, cabe salientar que, sob a ótica da Psicologia, tanto a mente quanto a alma referem-se primordialmente aos comportamentos e aos processos mentais. Nada há de místico ou religioso no âmbito de estudo da Psicologia, mas sim um olhar observador e científico sobre as emoções, sentimentos, processos cognitivos, comportamentos e demais processos mentais dos seres humanos.

A Psicologia se estabeleceu como profissão no Brasil no ano de 1962, e teve seu Conselho Federal criado em 1971. Mas muito antes disso a Psicologia já era considerada uma ciência, e vem sendo estudada com afinco por uma série de teóricos. Por isso, hoje existe uma ampla gama de abordagens teóricas disponíveis para reger a prática de cada profissional do ramo.

Como exemplo de abordagens teóricas, cito: o comportamentalismo (behaviorismo), a cognitivismo, o estruturalismo, o humanismo, a gestalt-terapia, a psicanálise, entre outros. Não há abordagem melhor ou pior, são visões diferentes de mundo, de ser humano, e de prática clínica. O importante é que o profissional conheça profundamente a sua abordagem teórica e que exerça a clínica baseada nos preceitos teóricos, técnicos e éticos estabelecidos. No mais, a melhor abordagem é aquela que funciona para aquele paciente, naquele momento de sua vida.

Psicanálise

Quando se pensa em Psicanálise, o primeiro nome que vêm à mente é Sigmund Freud. Ele foi um médico neurologista que se aprofundou no estudo das chamadas “desordens neuróticas”. Seus estudos foram se ampliando à medida que ia tendo contato com outros estudiosos do tema e também com pacientes e casos clínicos. Assim surgia a Psicanálise, ao mesmo tempo uma teoria sobre o psiquismo humano e uma metodologia de tratamento dos distúrbios pertencentes ao âmbito psíquico.

A teoria Psicanalítica baseia-se na premissa que há uma parte inconsciente do psiquismo, que exerce influência constante sobre a parte consciente, aquela com a qual tomamos contato o tempo todo. No inconsciente, está armazenada uma série de conteúdos inacessíveis à mente consciente, seja porque causam dor, seja porque não são relevantes naquele momento histórico da vida do indivíduo.

Freud estabeleceu o método de associação livre, através do qual o paciente fala livremente sobre qualquer coisa que lhe vier à cabeça, sem censura ou julgamento. Com o aprimoramento desta técnica surgiu a cura pela fala, que até hoje serve como base para o método psicanalítico, visando o acesso aos conteúdos inconscientes e sua consequente elaboração.

Winnicott

Donald W. Winnicott foi um pediatra inglês que, durante sua prática clínica, começou a observar a inter-relação das mães com seus bebês, e os efeitos que essa inter-relação causava na saúde do bebê. Interessou-se pelo estudo da psicanálise, e em 1934 foi qualificado como psicanalista. Como tal, trabalhou com crianças e adultos, e ao longo de sua vida foi desenvolvendo uma teoria com base na psicanálise freudiana tradicional, mas com alterações e adaptações baseadas em suas próprias observações.

A teoria de Winnicott baseia-se primordialmente na relação mãe-bebê, e em como essa relação favorece (ou não) o amadurecimento e desenvolvimento do indivíduo. Para o autor, faz parte da natureza humana a tendência ao amadurecimento, mas o bebê e a criança precisam encontrar no ambiente fatores que podem sustentar esse movimento. Assim, tanto o bebê que tem a tendência ao amadurecimento quanto a mãe que proporciona um ambiente favorável ao amadurecimento são partes fundamentais de um desenvolvimento saudável.

A prática clínica do analista que tem por base a teoria Winnicottiana consiste em investigar como se deu o processo de desenvolvimento, entender como as inevitáveis falhas desse processo podem estar influenciando a vida atual do paciente, e proporcionar um ambiente de acolhimento no qual o paciente possa revisitar e resignificar seus conteúdos internos.

Marque seu horário, vamos nos conhecer e entender juntos seu momento de vida!

AGENDE PELO WHATSAPP