A cada dia, a cada momento, precisamos tomar decisões sobre como conduzir a vida. São decisões nas mais diversas esferas da vida: Janto hamburger ou salada? Trabalho mais hoje ou deixo para amanhã? Ligo ou não? Vou ou fico? Falo ou calo? Caso ou compro uma bicicleta? (insira aqui o seu dilema do momento).
Claro que cada decisão traz uma ou várias consequências, e também faz parte da vida adulta poder arcar com a responsabilidade por tais consequências. Um sinal de amadurecimento é poder se apropriar das próprias decisões e dos impactos que elas têm em si mesmo e no mundo.
Acontece que é comum pessoas se condenarem pelas decisões tomadas.
Pensar criticamente sobre suas escolhas é um exercício que gera aprendizado, maturidade e sabedoria. Mas não é justo consigo mesmo julgar uma decisão depois de saber (e vivenciar) suas consequências! É muito fácil olhar para trás e, sob a luz de tudo o que aconteceu depois, atribuir um julgamento de valor sobre o que foi feito.
Você, essa pessoa tão completa e tão complexa, com uma história particular, com seus medos e expectativas e certezas e dúvidas, tem um conjunto específico de recursos na hora de tomar uma decisão. Esses recursos mudam de um dia para o outro, até de um momento para o outro, e você faz o que pode para usá-los da melhor forma possível.
Mas o que você NÃO tem é a certeza sobre o que acontecerá depois. Você faz o melhor que você pode. Você toma a decisão que é possível de ser tomada com o que você tem na mão (e na cabeça, e no coração, e no ambiente à sua volta).
Tudo bem se depois você olhar para trás e pensar “puxa, a decisão que eu tomei talvez não tenha causado os melhores resultados possíveis” ou simplesmente “não deu certo”. Mas use isso como aprendizado, e não como condenação. Tudo bem lamentar que as coisas não tenham acontecido conforme o esperado, até se arrepender do que fez. Mas não abuse da autocrítica e não se culpe. Troque o “fiz errado” por “fiz o que foi possível de se fazer naquela hora”.
Todas as suas decisões, das corriqueiras às que promoveram grandes mudanças de vida, foram as decisões possíveis para você naquele momento. Cada uma delas faz parte da composição poética da sua história e de seu ser-no-mundo. Aproprie-se disso, e quem sabe até você consiga encontrar um caminho para orgulhar-se de cada uma das suas decisões!